Em um mês, Natal.
Tão rápido quanto o lamento de muitos ao ler isso. A velha desculpa que o tempo voa e quase não sobrou espaço para fazer o que gostaria de ter feito.
Ainda falta um mês para o final do ano e há quem torça para que ele termine logo. Já tem tantos planos que nem se lembra de ter feito a mesma coisa ano passado.
A cultura do planejamento esqueceu a da disciplina. É muita ideia para pouco foco. “Ano novo, vida nova”. Por que não é a vida que muda o ano primeiro?
Isso tudo como se fosse responsabilidade de janeiro mudar alguma coisa. Janeiro é só janeiro.
Pois, em cinco dias, dezembro.
Ainda falta. Como falta! Que seja de dezembro o que é de dezembro. Ainda há vida aqui.
Então, em cinco minutos, agora.
E agora?
A fonte de todo o tempo que te falta. A riqueza que não enxerga e te pertence. A oportunidade plena de mudanças.
Agora é o lugar que se faz, o tempo que se escolhe e o espaço que se cria. O resto é tendencioso.
O próximo ano não pertence ao calendário; o próximo minuto não pertence ao relógio. Nomes e números são apenas reflexos do que é feito neste instante.
Viver é a única verdade.
(Marcelo Penteado)