
Quantas vidas já não deixei para trás…
Na não ida de uma viagem,
no retorno de um sonho.
No regresso imperial da lucidez.
Quantos eus já não morreram,
com os segredos que nunca contei,
daquelas noites que mal dormi?
E quanto ao quando,
para não dizer nunca,
disse adeus por sequer tentar.
Quantos fins já insisti,
vivendo-os, plenos,
em meu pensar?
Deixando-os livres ao meu querer.
Tudo o que trouxe da hipótese,
a escolha e conclusão.
Secreto à todo o resto
que se desenrola no vazio.
Embora nunca, o talvez existe.
(Marcelo Penteado)
3 respostas para “Quanto ao quando”
“Embora nunca,o talvez existe.”
Não acredito em “acaso”. No entanto, o talvez tenha colocado, ao acaso, sua arte em minha atual existência, num momento de tão dolorosas reflexões.
Hoje estou trilhando um caminho… saudade profunda de Manoel de Barros… reencontro sua arte!! Que foto incrível!!
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Seres inquietos que somos, não damos conta de nós.
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Fico feliz por ter reencontrado seu blog
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