
Perguntaram-me se fiz as pazes com as palavras.
Jamais com elas briguei, pronto afirmo. Nem com ninguém. Somente ao tempo prestei minha ressignificação.
Aliás, a natureza do desentendimento reside nua nos campos internos. Isso espirro sem provas, a não ser do sentimento teimoso em dessa forma sair.
Resgatei a fluidez ao entender que o equilíbrio se restabelece no polimento dos detalhes. Todo dia conta.
Cada esforço recompensa-se em alívio no presente. Qualquer instante é uma dose – a ser brindada, lembrada, tragada.
Todas as vezes que percebe-se o desvio, o envolvimento confortável em depreciar-se, a fertilidade da hesitação jamais pode superar o desconforto de agir.
Afinal, a mudança é um estalo que se faz à mão.
(Marcelo Penteado)
Uma resposta para “Escrito à alma”
“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.”
Eduardo Galeano
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